CONTEÚDO 10=> 𝐇𝐀𝐕𝐄𝐑𝐀́ π€π‹π†π”πŒπ€ π‚πŽππ’ππˆπ‘π€π‚̧𝐀̃𝐎 π„πŒ π‚π”π‘π’πŽ?

 



𝐇𝐀𝐕𝐄𝐑𝐀́ π€π‹π†π”πŒπ€ π‚πŽππ’ππˆπ‘π€π‚̧𝐀̃𝐎 π„πŒ π‚π”π‘π’πŽ?


De algum tempo para cΓ‘ alguns se sentam Γ  mesa farta de tudo mais alguma coisa, mas o apetite nΓ£o os visita. O que antes lhes agradava, agora muito lhes irrita. EspiΓ΅es jΓ‘ mandaram. Infiltrados contaram e descontaram. Agentes secretos deixaram de ser segredo. Γ€ paisana guardam as costas de pseudo-herΓ³is possesssos de medo. Tira-lhes sono o ciΓΊme, esta convicΓ§Γ£o de que alguΓ©m seja mais amado do que eles. O tal que conquistou milhōes de coraΓ§Γ΅es aqui dentro e pelo mundo afora. Aclamado a cada segundo, minuto, e a cada hora. E eles? Eles, na verdade, nΓ£o sΓ£o menos amados. SΓ£o odiados.


Semearam sabotagem e abuso de autoridade, adubaram-na com desvios de fundos, e hoje colhem frondosa reprovaΓ§Γ£o pΓΊblica. SΓ£o cΓ£es tinhosos vagueando pela vasta repΓΊblica. Derramaram suores e odores no ginΓ‘sio do sofrimento. Deram-nos escolas e nos negaram conhecimento. Tornaram nossas almas esburacadas, no campo e nas cidades. Realocaram-nos a bairros sem estradas, na periferia das oportunidades. Mas, por fim, converteram-se na escΓ³ria nacional e internacionalmente. Dementes. Pobres de alma e de mente. Mestres em retΓ³rica de uma ignorΓ’ncia eloquente. O ΓΊnico que lhes quer Γ© a barra da JustiΓ§a; para responderem pelos seus mΓΊltiplos crimes contra geraΓ§Γ΅es, culpa da sua infinita cobiΓ§a.


"HaverΓ‘ alguma conspiraΓ§Γ£o em curso?" - Perguntam-se. HΓ‘ quem se cala mas nΓ£o consente. HΓ‘ quem nΓ£o diga a verdade, mas nΓ£o mente. HΓ‘ quem, por mais que nΓ£o tenha ido Γ  escola, Γ© inteligente. Γ‰ o povo. O povo Γ© uma bomba-relΓ³gio, uma destruiΓ§Γ£o maciΓ§a cronometrada, aguardando pelo tempo certo. Que vΓͺ ao longe quem se considera esperto. Que sabe o que povoa um coraΓ§Γ£o deserto. As lΓ‘grimas de um povo sofredor sΓ£o as chuvas que carregam revolta, regam a revoluΓ§Γ£o, e renegam a opressΓ£o. SΓ£o escarregadias para as mΓ£os que lhes jogam ao chΓ£o.


Assistir ao drama de actores polΓ­ticos incita sentimentos mistos, nunca antes vistos, emoΓ§Γ΅es estranhas no interior das entranhas, resultantes de nΓ£o poucos flagrantes delitos. E a resposta Γ©: NΓ£o! NinguΓ©m estΓ‘ a conspirar contra vΓ³s, senhores. Γ‰ o tempo dando-lhes carta de demissΓ£o, senhores. SΓ£o ventos de mudanΓ§a soprando na direcΓ§Γ£o de uma juventude nΓ£o formada, mas informada e inconformada. SΓ£o adolescentes afogando no oceano dum futuro incerto, disparados em rajada. SΓ£o jovens senhoras na menopausa de sonhos, com visΓ£o renovada. SΓ£o velhos com esperanΓ§a aposentada de tanto frustrada. Γ‰ toda uma naΓ§Γ£o, em unΓ­ssono, gritando "ANAMALALA", que traduzido Γ©: Basta!

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