Interpol junta-se à PRM e ao SERNIC na fiscalização de viaturas

 



Há agentes da Interpol a fiscalizar viaturas no país, no âmbito de uma operação simultânea com outros países Africanos, que visa o combate ao tráfico de drogas, órgãos humanos e outros crimes transnacionais. O facto foi avançado esta quarta-feira na Matola, pelo Ministro do Interior, Paulo Chachine.

Circula nos últimos dias imagens de supostos agentes da Organização Internacional de Polícia Criminal, também conhecida por INTERPOL, fiscalizando viaturas. Nesta quarta-feira o Ministro do Interior confirmou a operação. 

“Há de facto a decorrer em Moçambique, neste momento, uma operação que envolve a Interpol. É uma operação que nós chamamos de operação simultânea, que são operações que a Interpol realiza em coordenação com os países. Há dois tipos de operações na Interpol, basicamente, há operações conjuntas e há operações simultâneas. Conjuntas são aquelas que os países realizam de país para país, bilateralmente; Simultâneas são os diversos países que realizam a operação em vários países ao mesmo tempo”, explicou Paulo Chachine de forma didáctica.

Essencialmente queria dizer que se trata de uma operação simultânea, por estar a decorrer também noutros países.

“Está a decorrer na África do Sul, no Zimbabwe, na Tanzânia, no Eswatine, Namíbia, portanto, todos os países que são coordenados a partir do escritório da Harare, capital do Zimbabwe. Mas também pode acontecer que a mesma operação esteja a decorrer também nos países que estão a ser coordenados a partir do Quênia. Então é uma operação normal”, disse. 

Paulo Chachine não avança detalhes da operação, mas explica os objectivos. 

“O trabalho que está a ser feito visa a criminalidade organizada, tráfico de seres humanos, tráfico de pessoas, tráfico de drogas e outros crimes de afins, incluindo imigração ilegal”.

Todo policial tem uma identificação

Diante das denúncias de cidadãos que, vezes sem conta, se viram interpelados por agentes à paisana, com comportamento duvidoso, se se tratava de agentes ou criminosos, o Ministro do Interior diz que todo o polícia tem uma identificação e é importante exigir que se identifique. 

“A primeira identificação é a farda, se se tratar de uma polícia fardada, que é a polícia de protecção, que é a polícia de trânsito, eles já andam fardados. Mas têm outras forças, têm outros elementos da polícia, tendo em conta as actividades específicas que realizam. Não têm farda, mas elas têm uma identificação. O mais certo é pedir sempre a identificação e a polícia gosta de se identificar e apresentar: sou polícia, quero fazer esta actividade, é preciso respeitar quando é assim”. 

Em relação à fiscalização na via pública feita por agentes à paisana, Chachine chama atenção.  

“As viaturas da polícia não precisam de estar todas pintadas de acordo com a polícia. Há vários tipos de actividades, há vários tipos de operações que podem ser realizadas com qualquer tipo de viatura”.

Rosário Miquitaio é o novo comandante da PRM na província de Maputo

O Governante falava nesta quarta-feira na Matola, depois de orientar a cerimónia de investidura do novo comandante Provincial da PRM na província de Maputo, Rosário Miquitaio. 

Ao empossado, Chachine deixou missões. 

“Estamos convictos que vai conduzir operações bem-sucedidas de combate à criminalidade no geral, com destaque aos homicídios, roubos com recurso a armas de fogo, roubo de viaturas, roubo de gado, tráfico de pessoas, imigração ilegal, raptos, contrabando, entre outros males que geram o sentimento de inseguração”, declarou o ministro. 

Os acidentes de viação são outro desafio, sobretudo na época festiva que se aproxima, daí que o empossado é desafiado a aprimorar as medidas de prevenção e combate aos acidentes de viação, apesar de estarem, de acordo com a fonte, a registar redução nas últimas semanas.   

Foram igualmente empossados a nova comandante da Escola prática da Polícia de Matalane, Lurdes Mabunda e do comandante da Escola de Formação de Forças Especiais e Reserva de Macandzene, Valentim Chiconela. 

Aos comandantes das escolas de formação, Chachine desafiou a actualização dos currículos, para melhor formação e capacitação das forças. 

 

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